O próximo ano tem tudo para ser o ano dos biocombustíveis no mundo. Se de um lado a China pretende estender para todo seu território a exigência de 10% do etanol na gasolina, de outro, o Brasil colocará em vigência de forma completa o programa RenovaBio, com metas de descabornização. Por sua vez, a Índia também deve por em funcionamento novas biorrefinarias avançadas, o que resultará em aumento da produção de biocombustíveis.
Conforme o relatório de lançamento do RenovaBio, espera-se que o programa fortaleça a economia dos biocombustíveis, acelerando os investimentos em nova capacidade e a produção em usinas existentes
De acordo com o documento, até 2023, a participação de fontes renováveis na demanda energética global deverá ampliar-se para 12,4%. Esse crescimento promete ser mais rápido do que no quinquênio 2012-2017, analisado anteriormente. Nos próximos cinco anos, as energias renováveis devem atender 40% do aumento de consumo.
O relatório ainda menciona o Brasil como o país que apresenta a matriz energética menos poluente (“greenest energy mix”) e que tem a maior participação de renováveis entre os grandes consumidores globais de energia.
“O Brasil tem muito a mostrar para o mundo”, acredita a analista da AIE, Heymi Bahar, um dos principais autores do relatório de apresentação do RenovaBio. “As energias renováveis devem representar dois terços do crescimento da demanda brasileira por energia nos próximos cinco anos”, destaca.
Fonte: Editora Estilo/Valor