O volume importado pelo país asiático, de janeiro a julho, corresponde a 38% do total de importações chinesas de carnes bovinas. Assim sendo, o Brasil se consolida como o maior exportador do segmento para este destino.
No podcast do banco Foco no Agronegócio, divulgado na última segunda-feira (30), Wagner Yanaguizawa, analista do Rabobank Brasil, salientou que no ano passado o Brasil já representava cerca de 31% do total, e que nas parciais até julho deste ano, o aumento já passou para 38%.
A fiscalização mais rígida da China, em função da crise sanitária da Covid-19, favorece os grandes exportadores de carne bovina da América do Sul, visto que os mercados informais foram excluídos dos envios ao país.
A América do Sul (Brasil, Argentina e Uruguai) fornecem 74% do volume total de carne bovina importada consumida na China, segundo o Rabobank. “É uma participação muito forte, que deve se manter, principalmente esse tipo de demanda por carnes mais baratas, que é basicamente o tipo de carne que Brasil e Argentina ofertam pra China”, salientou Yanaguizawa.
A expressividade da importação vinda do sul do continente abre entrada para um maior acesso de cortes premiums, já que hoje, mesmo com a maior fatia do mercado chinês, os demais 26% do volume de importação tem maior faturamento devido ao preço e tipos de carnes exportadas.
Em estudos recentes, o Rabobank levantou a hipótese de que o consumo e carne bovina chinês deve subir em cerca de 800 mil toneladas até 2025, com a participação no consumo total de proteína animal subindo de 8,5% para 9,7%. Se o cenário se mantiver como no primeiro trimestre de 2021, as previsões podem sim se tornar realidade.
Fonte: Carnetec