Em abril, o frango obteve variação mensal de 6,58% no custo de produção, uma das maiores registradas em todos os tempos.

Compreendendo produto – frango inteiro e em cortes, industrializados e carne salgada, os dados consolidados da SECEX/ME – Secretaria do Comércio e Exterior – relativos às exportações brasileiras de carne de frango confirmam que, após cinco meses consecutivos de resultados positivos, o volume embarcado em abril deste ano enfrentou redução em relação ao mesmo mês do ano anterior.

O total exportado no mês – 333.525 toneladas – representou queda de quase 6% sobre abril de 2019, além de se situar cerca de 3% abaixo do registrado no mês anterior (343.689 toneladas em março/20). Neste caso, porém, é oportuno lembrar que, além de ser mês mais curto, abril teve dois dias úteis a menos que março. E isso considerado, a redução observada no mês acaba revertida, na realidade, em uma alta de quase 7%.

Completando o primeiro terço do ano – quadrimestre, de janeiro a abril – as exportações brasileiras de carne de frango somam 1,337 milhão de toneladas, apresentando expansão de pouco mais de 5% sobre idêntico período de 2019.

Tomando como base esse volume e levando em conta que – na média dos últimos 20 anos – as exportações de carne de frango do primeiro quadrimestre corresponderam a cerca de 31% do total anual (34% no segundo quadrimestre e os restantes 35% no quarto quadrimestre), projeta-se para 2020 volume superior a 4,3 milhões de toneladas, o que significaria alcançar o recorde mantido há quase quatro anos (perto de 4,309 milhões de toneladas em 2016).

Vale salientar que estamos vivendo um momento inédito de pandemia e, por decorrência disto, projeções do gênero não têm o menor valor. Mas vale a pena apostar. A demanda mundial e o câmbio favorável iluminam o caminho em direção a um novo recorde.

Fonte: AviSite