Queda no abate de boi gordo levam frigoríficos a voltar sua gestão para os subprodutos. O setor de reciclagem animal aqueceu o mercado nos últimos meses, e as negociações, são os principais fatores que mantém as indústrias da carne com o caixa positivo.
Esta foi uma afirmação da Scot Consultoria no última Interconf, e mostrou que mesmo com o abate em baixa, as indústrias conseguiram se manter ativas no mercado através dos subprodutos, e do sebo, que também registra alta nos preços em curto prazo. O Brasil produz cerca de 8,5 milhões de toneladas de derivados ao ano, e atende uma média de 60 mercados internacionais, tendo Hong Kong como destino principal – 57% das vendas nacionais.
Para se ter uma ideia da situação dos frigoríficos, a margem de lucro em 2016 está na média de 10%, metade da margem atingida em anos anteriores, que giravam em torno de 20%. Para os últimos meses do ano há perspectiva de melhora, visto que a oferta de boi gordo deve se recuperar, reflexo da passagem da entressafra pelos pecuaristas.
Com aumento da oferta, o preço médio da arroba do boi deve estabilizar, e por consequência, a oferta de subproduto também deve regularizar, forçando o mercado a negociar de forma mais estratégica o produto. Há ainda previsão de avanço nas exportações em todos os segmentos.
Fonte: Scot