Impulsionados pelo setor pet food, indústria e comércio para insumos pet não sofreu grande impacto em 2020. Mesmo antes da pandemia, o segmento já notava mercado aquecido, e se mostrou ainda mais rentável durante o isolamento social pela Covid-19.

As afirmações são do Instituto Pet Brasil, que mostrou que o comércio eletrônico, ainda muito atrelado à compra de eletroportáteis, moda e beleza, também é um excelente canal para os insumos pet.

A indústria de pet food acredita que o incremento faturado em 2020 se deve ao fato das famílias terem ficado mais em casa, e a rotina com os pets despertou o cuidado mais atento dos tutores. Em especial, a alimentação, visto que o pet food foi o segmento que mais apresentou crescimento no ranking.

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Uma das indústrias entrevistadas para a pesquisa informou que a projeção de crescimento para 2020 foi de 6%, e que esse faturamento foi ultrapasso com a chegada de dezembro. A fábrica, que fica em Cambira, funciona em dois turnos para dar conta das encomendas. São produzidas cerca de 300 toneladas de ração por dia, que são vendidas para praticamente todos os estados brasileiros.

A demanda não foi impactada só pelo consumo, mas também pelo mercado aquecido de suas matérias primas, como o milho e o subproduto de origem animal. Outro fator é o incremento tecnológico. Além dos insumos selecionados, alguns aditivos de diferenciais valorizam o que seria somente alimento para linha de cuidados e bem-estar.

“Existe um aditivo que reduz o odor das fezes. Um aditivo para proteger as articulações do pet. Existem aditivos para os pelos, para deixar os pelos bonitos. Para reduzir o tártaro dos dentes”, diz um dos diretores da indústria. Na empresa são mais de 30 tipos de rações produzidas. Cada uma com uma quantidade de proteína adequada de acordo com a idade, o tamanho ou o tipo do animal consumidor.

Para 2021, a curva de crescimento deve ser ainda maior. Alguns dos entrevistados alegam que a adoção de pets aumentou, o que gerará demanda de insumos. O mercado eletrônico também está crescente, assim como a inovação e intenção de investimento dos brasileiros.

Fonte: G1