Fundamental na economia brasileira, o setor de reciclagem animal representa o começo e o fim da cadeia da carne ao transformar em novos produtos tudo o que não é utilizado como alimento pelo ser humano. São mais de 12 milhões de toneladas processadas todos os anos e que servem de matéria-prima para vários setores da economia brasileira.
São carcaças, ossos, sangue, penas e vísceras que alimentam indústrias de ração e pet food, cosméticos e higiene, fertilizantes, biodiesel, pneus e uma infinidade de outros itens. O volume de co-produtos que têm como base a reciclagem animal produzidos durante um ano chega a ser o equivalente a dois estádios Maracanãs.
Além de contribuir para o saneamento do meio ambiente ao reciclar as carcaças, a reciclagem animal é ainda responsável por 55 mil empregos diretos e R$7,9 bilhões de faturamento aos cofres do país todos os anos.
Entenda o processo:
A reciclagem animal é um procedimento limpo e sustentável e além importante economicamente, também é responsável por diminuir impactos ambientais e até mesmo evitar a proliferação de doenças.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Reciclagem Animal (Abra), Clênio Antônio Gonçalves, o Brasil produz grandes quantidades de carne e por conseqüência, grandes volumes de partes não consumíveis pelo homem.
“Se essas partes fossem descartadas de forma inapropriada, teríamos um grande passivo ambiental, além da proliferação de algumas doenças”, ressalta Gonçalves. A Abra busca pelo reconhecimento do setor de reciclagem animal como uma atividade de utilidade pública, da mesma forma que em países como os EUA e Canadá.
Nas exportações de produtores de farinhas e gorduras de origem animal o Brasil ocupa a 12ª posição. Farinhas de carne e ossos, utilizadas na fabricação de rações para animais, são os mais exportados, representando 86% do total. Os principais destinos são Vietnã, Bangladesh e Chile, que juntos recebem 70% do volume exportado.
Fonte: Jornal Correio Brasiliense