A recuperação mais forte na produção de suínos da China no segundo trimestre, no curto prazo, deve impactar na demanda chinesa por carne suína importada, disse o Rabobank em relatório divulgado à imprensa no último dia 28.

As exportações brasileiras de carne suína estiveram aceleradas durante todo o primeiro trimestre, com alta de 17% na comparação anual, e a demanda interna cresceu diante da alta dos preços de carne bovina. Esse aumento na demanda pelo produto impulsionou uma alta de 8% na produção brasileira só neste produto. O aumento, de 29% de exportações à China de carne suína, representou 54% do total exportado pelo Brasil no período.  

Clima afeta diretamente os produtores

Os desafios climáticos nesta safra (seca e geada) impactaram negativamente a produtividade dos grãos, especialmente do milho, o que manteve preços em níveis recordes nos últimos meses, analisou o Rabobank. 

Em junho, o preço da ração estava 62% acima do registrado em junho do ano passado, mas mostrava uma desaceleração em relação ao registrado em janeiro, quando o preço era 110% mais alto que o mesmo período de 2020. 

Para o segundo semestre, os mercados futuros já mostram níveis de preço acima do registrado em junho. Como resultado, alguns produtores, principalmente os independentes, reduziram o ritmo de produção e aumentaram a destinação de animais para reduzir os custos de produção. Essa fase de equilíbrio entre oferta e demanda tem resultado em oscilações de preços da carne suína viva e da carne suína no atacado, mantendo os preços estáveis em relação ao início do ano, avaliou o Rabobank.

fonte: Carnetec